sábado, 28 de abril de 2012

Ceres e o sertão... Talvez parte I

Ceres viajou para uma segunda temporada no sertão, Belo jardim e poucas flores, a beira da BR 232, 2509 kilometros longe da realidade por ela vivida... Cidade da arte e da musica e músicos... Cidade das Marocas. Já ido uma outra vez pensou que tudo seria uma copia, idêntica, de tudo o que já tivera visto. Enganou-se mais uma vez.

Desta vez foi completamente diferente da primeira. Apesar de o céu ser impressionante, mais impressionada ficou, pois desta vez havia pego a semana da Lua cheia, e como diz a musica “não há luar como o do sertão”.
Dentre muitas imagens que observei que Ceres tirou, em meio a tudo o que trouxe, encontrei uma espécie de diário, escrito por ela. Em papeis marrons e caneta cinza, com cheiro de mato queimado, encontrei este escrito:
Definitivamente, tudo encontra-se diferente. O calor não é  o mesmo de antes. As nuvens posso ver, e a sombra que trazem,  posso admirar. Ando de carro com ar condicionado ligado, mas preciso abrir os vidros para ver a paisagem, as pessoas, o nordeste...
É tudo tão diferente. O cheio do ar, a cor do ar, vejo nitidamente tudo mudar... por hora tudo seco, kilometros adiante um pouco de verde... carcaças de animais me impressionam. Disputa por uma poça barrenta me deixa triste...
Com estranheza, vejo uma nuvem negra, que em segundos dá lugar ao céu de azul profundo. É um outro mundo. Nunca acreditei no que me contavam, mas agora vivo o antes apenas imaginado.
É uma vida tranquila, muito embora, por vezes um pouco desconfortável. Que parece para os outros passar, com um pedaço de doce com um copo de água gelada, as vezes um pedaço de queijo coalho acompanha...
Eu ainda tenho muito a escrever... mas as imagens filmadas por minha retina, ficaram marcadas no coração, na alma, que muitas vezes se mostrou calma e tranquila e por outras, foi pura melancolia.
Ceres primeiro luar no sertão inverno 2012 

Esse foi o primeiro escrito... logo mais espero conseguir ler os demais.

Márcia Alcântara
Inverno de 2012