Desta vez foi completamente diferente da primeira. Apesar de
o céu ser impressionante, mais impressionada ficou, pois desta vez havia pego a
semana da Lua cheia, e como diz a musica “não há luar como o do sertão”.
Dentre muitas imagens que observei que Ceres tirou, em meio
a tudo o que trouxe, encontrei uma espécie de diário, escrito por ela. Em papeis
marrons e caneta cinza, com cheiro de mato queimado, encontrei este escrito:
Definitivamente, tudo
encontra-se diferente. O calor não é o
mesmo de antes. As nuvens posso ver, e a sombra que trazem, posso admirar. Ando de carro com ar
condicionado ligado, mas preciso abrir os vidros para ver a paisagem, as
pessoas, o nordeste...
É tudo tão diferente. O
cheio do ar, a cor do ar, vejo nitidamente tudo mudar... por hora tudo seco,
kilometros adiante um pouco de verde... carcaças de animais me impressionam. Disputa
por uma poça barrenta me deixa triste...
Com estranheza, vejo
uma nuvem negra, que em segundos dá lugar ao céu de azul profundo. É um outro
mundo. Nunca acreditei no que me contavam, mas agora vivo o antes apenas
imaginado.
É uma vida tranquila,
muito embora, por vezes um pouco desconfortável. Que parece para os outros
passar, com um pedaço de doce com um copo de água gelada, as vezes um pedaço de
queijo coalho acompanha...
Eu ainda tenho muito a
escrever... mas as imagens filmadas por minha retina, ficaram marcadas no
coração, na alma, que muitas vezes se mostrou calma e tranquila e por outras,
foi pura melancolia.
Ceres primeiro luar no
sertão inverno 2012
Esse foi o primeiro escrito... logo mais espero conseguir
ler os demais.
Márcia Alcântara
Inverno de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário