domingo, 8 de março de 2009

Ceres... Delírio, Sonho, Pensamento...

Ceres sempre foi muito curiosa. Não sei como ainda não foi mordida por enfiar a mão em toca de escorpião. Ou vai até foi. O fato que é ela é para lá de curiosa, se é que existe o lá. Ah! Ceres, Ceres...

Era dia de saturno (sábado) Ceres acordou cedo, muito cedo. A preguiça lhe dominava quando entrou no banho para banhar-se. Ligou a ducha e despiu-se. Ah! Como Ceres gosta de tomar banho. Talvez seja uma das coisas que Ceres mais ama, além de: chocolate, ah! Chocolate, arroz, ah! Arroz, batatas, ah! Batatas cozidas, fritas, refogadas, assadas..., tomate, ah! Tomate, e outras coisinhas mais, inefáveis aqui no caso.

Bem Ceres tomou seu banho. A água morna escorria pelo seu corpo, levando através do ralo sua preguiça indomável. Secou-se em seguida. Pentiou-se, vestiu-se. Cruzou duas cidades, num percurso de mais ou menos dez quilômetros. Pela janela do automóvel via o sol nascer e ai começou sua curiosidade daquele dia. Ah! Ceres e suas perguntas.

Ceres ao olhar para o sol gostaria de saber aonde vai a Lua e por que o Sol e a Lua não ficam juntos no céu. Já imaginou a cena? Ceres com certeza já imaginou e também entraria em êxtase total. Ah! Ceres!

Ceres então fechou o olho. E faltando sete quilômetros para o ponto final do seu destino começou a pensar na noite iluminada pela Lua e não pelo Sol. E ai ela teve um sonho, um delírio, uma visão, ah! Sei lá o que Ceres teve.

E o pensamento então começou: “era noite e uma cobra ergueu-se no ar, olhou para o crepúsculo da tarde, e lá longe não mais o Sol se encontrava e perguntou - Sol, porque nos abandonaste e nos deixaste aqui, sem luz ou calor? Meu caloroso amigo Sol, que me traz uma energia inesgotável para minhas caçadas e para meu viver, não me abandones aqui, deixe pelo menos um pouco de sua luz! – neste momento as lagrimas escorreram pela pele escorregadia da cobra. Uma coruja escutava o pensamento do alto de uma arvore, uma raposa que descansava embaixo da arvore também escutou o lamentar da cobra, além de outros bichinhos e insetos. Todos pararam. E quanto já tava escuro e frio, no Céu aparece algo estupendo, inefável. A noite se iluminou e aquecida também ficou. No Céu tão límpido algo redondo e belo apareceu. Ah! Era a Lua. Cheia e tão cheia que sua luz era tão bela quanto a do Sol. Claro um pouco opaca para não ofuscar as companheiras estrelas. Sua energia era quente e tão quente como a do Sol. A cobra olhou abobada, afinal sua “reclamação” tinha sido aceita e resolvida. Todos os bichos ficaram em festa, alegres e felizes, pularam durante toda a noite. Até mesmo o vaga-lume, que teve um pouco do seu brilho apagado comemorou. A raposa olhou para tudo maravilhada, e durante esse sentimento,somente ela lembrou de agradecer, agradeceu aos Céus por ganhar tão bela paisagem.

A raposa agradeceu mais uma vez. O Sol raiou. A Lua Cheia apareceu. O Sol raiou a Lua Cheia apareceu. Por durante sete dias e noite a cena se repetia. A alegria do dia se repetia a noite. Era uma alegria contagiante durante todo o dia e durante toda a noite. Mas o Sol, com sua energia masculina ficou bravo por que ninguém o agradeceu, durante o dia os bichos ficavam eram ansiosos pela chegada da noite. E então Sol os castigou. A Lua, com o passar dos dias ia sumindo pouco a pouco. Até que uma noite ela não mais apareceu. Todos os bichos estranharam. A cobra então nem se fala, ficou boquiaberta.
Durante alguns dias não apareceu. Com o passar do tempo a Lua ia aparecendo pouco a pouco. Com o passar dos dias, ele crescia a cada minuto. O Sol nascia. A noite chegava e ela estava um pouquinho mais crescida. Até que um dia estava novamente cheia. Mas não aquecia mais. Sua energia era gélida, sua luz bela, mas pálida. E aos pouco, da mesma maneira que crescia, minguava. E sumia por completo...” – Ceres escutou uma campainha, já tinha chego no seu destino final.

Ah! Ceres e seus pensamentos malucos. Mas sabe que gostei desse!
Ceres, Ceres... O dia promete hein!

Marcinha Luna

Um comentário:

  1. O sentido está em saber ou questionar? Será que ela percebeu? Ela acha que não... eu acho que sim...

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