terça-feira, 21 de abril de 2009

Ceres, ilusão, deslumbramento, reticências

Ah! Ceres! Com seus devaneios a querer saber de tudo! O fato é que realmente podemos ser enganados a todos os momentos. Mas podemos enganar também. E claro o pior é ser enganados. E de nada saber, o que é mais imaginável.

Ceres teve um ótimo dia hoje. Frio e Chuvoso, mas ótimo. O sol estava lá, mas nos iludimos ao pensar que ele simplesmente não estava. A Lua, a noite, não aparecerá. O cair da noite esta chuvoso, além de tudo a Lua esta prestes a se tornar nova, e para quem não acompanha o seu percurso, quando nova se torna a Lua, no céu não aparece. Mas de fato ela esta lá.

Também de fato somos enganados a todo o momento por quem quer deslocar a culpa e se embirrar por ter feito algo que pode não nos agradar. Fica fácil assim, deixar-nos chateados, pensando que talvez tenhamos feito algo errado quando ela mesma o fez. Também hoje Ceres teve este sentimento. Aliás vou te falar, Ceres anda a flor da pele.

Anda tendo desejos secretos, dos quais nem mesmo eu, que sou seu porta pensamento, estou tendo acesso fácil. Claro tento fazer ao máximo para contar a vós, mas existem coisas inefáveis a transmitir.

Ceres anda se deslumbrando muito com tudo e nada ao mesmo tempo. Tempo?! O que vem a ser isso quando Ceres resolve colocar em pratica seus dons mágicos?! Não existe o tempo. Não existe o eu e nem mesmo o ela. Talvez um dia existiu ou possa vir ainda existir, mas hoje e somente agora ela não existe ou pensa.

Também podemos enganar. Esta não é uma pratica bem vista por Ceres. Afinal Ceres com seu carisma e sua doçura de Menina Mulher jamais irá enganar ninguém. E é fato que realmente não engana, mas acerta sempre, acredita sempre, consegue sempre o que quer. Enganando ou dissimulando? Claro que não. Pode até ter “olhos de cigana dissimulada”, mas quando deseja algo, este algo se joga nela.

Pérola pode dizer o quão é verdade isso. As duas estavam a esperar o trem quando este lotado chegou aos trilhos. Não hoje um outro dia, mas que dia não importa por que o tempo não importa, o que importa aqui é a essência do dito, esta sim é que existe. Pérola com seu jeito doce e cansado disse a Ceres:
– Ai queria tanto sentar!
Ceres lhe respondeu:
– Para se sentar basta você querer.
Entraram no trem e na estação seguinte dois lugares foram disponibilizados a elas.

O problema é que também podemos “nos” enganar. Não entendeu? Use sua ilusão!
No final do seu espetáculo, aquele você vive todos os dias, tire o seu chapéu e bata palmas, nem que seja apenas uma ilusão, um devaneio qualquer. Reticências

Ceres, Ceres!

Marcinha Luna
Outono de 2009

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