quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ceres em: Quando a verdade destrói...

Hoje o sol despontou firme e forte, brilhante e quente onde Ceres mora. Da janela podia ver as sobras no chão. Via o céu azulzinho e limpo. Mas para Ceres é como se tudo estivesse ainda nublado e cinzento. O calor que o sol fazia em seu rosto como uma caricia nem ao menos foi notado, sentia apenas um vento gelado.

Ceres acreditando possuir um amigo de verdade sofreu mais uma decepção. Não a única e talvez não a última de sua vida, afinal ela ainda vive e ninguém sabe o que será do tal futuro.
Ceres está muito triste por que expôs seu sentimento, ela não sabia o quão isso era perigoso, mas para ela sinceridade é a base de tudo e ai tudo deu no que deu, e pior, não foi por falta de aviso....

Agora Ceres está perdida e nada mais têm sentido. Se ficasse calada, ia sofrer da mesma maneira, mas talvez sofresse de forma mais lenta. Mas se assim fosse, ao olhar pelo lado ficaria sempre com pé atrás, iria ser um sofrimento ainda pior e ainda mais lento, desconfiar sempre daqueles que ama.

Agora pelo menos sofre, mas sofre de uma vez , por expressar seu verdadeiro sentimento, mesmo que seja um sentimento não muito bom, o do ciúme talvez, ou ainda, o mais nobre deles, o amor. O fato é que ao expressar-se não foi entendida. E foi que descobriu que dizer a verdade pode não ser o melhor a fazer.

Mas o que se pode fazer, não somos igual, não pensamos igual, não escrevemos igual. E essa falta de igualdade generalizada e não compreendida acaba por destruir com muitas coisas. O fato é que ela descobriu que a verdade destrói.

O que Ceres não acredita é como que por apenas expressar o sentimento da verdade pode acabar com algo que tinha tudo para ser belo e duradouro. O carinho se foi, poesia não é mais...
De fato contradições que somente vivendo para compreender!

Marcinha Luna
Inverno de 2009

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